É O AMOOOOOOOOORRRR!
Aqui no Mexico tem programa que se chama “Academia” onde um grupo de cantores amadores se confinam numa casa, onde toman aulas de canto, danca, expressao corporal e ganhar a simpatia do publico, que vota pela sua saida. Assim, no final desse reality show, o campeao ganha um contrato com um gravadora (acho que no Brasil tb tinha um versao). Atualmente, esse programa esta na sua quinta edicao.
O Campeao da 1ª edicao do programa se chama Yahir e esta no seu segundo album, com grande sucesso. Agora, sabem qual foi o tema do seu disco de estreia como cantor profissional? Tributo a Roberto Carlos! Foi um super sucesso, tendo como cancao no. 1 "No te apartes de mi".
E o carro chefe do seu 2º disco é “El amor”, versao en espanhol do “É o amoooooorrrr” do Zeze de Camargo e Luciano. Todas as cancoes sao baladas com arranjos bem gostosos de escutar. Quase nao me reconheci cantarolando o refrao “que el amor... me vuelto de cabeza y no puedo vivir......”. E eu que amaldicoei tanto esse refrao pegajoso!
O legal é que ele sempre dá crédito aos compositores, que tem seus nomes devidamente mencionados nas letras (www.yahir.com.mx). Pq uma musica de grande sucesso aqui é “A puro dolor” do grupo portoriquenho Son by Four, que foi gravada pelo KLB (batizados amorasamente de Kiko, Kéko, Kako pelas minhas irmas) com o nome de “A dor desse amor”. Engracado que o grupo brasileiro nao comenta no seu site oficial (www.klb.uol.com.br) o compositor dessa letra. Na epoca desse sucesso, cheguei a ouvir uma historia que o Kiko tinha feito essa letra pra namorada que tinha morrido.... sei... facil fazer sucesso a custas dos outros, ne!
A Japanese Brazilian in Mexico
Comentarios da vida de uma brasileira niponica vivendo no Mexico! Quantas diferencas e similaridades entre estas culturas.....
quarta-feira, março 28, 2007
sexta-feira, março 23, 2007
PIADA, NÉ!
Sabe aquelas piadas classicas de portugues que a gente conta no Brasil? Pois é, aqui no México, eles tem todas, com uma pequena diferenca: em vez de Joaquin e Manuel, eles se chamam Manuel e Venancio e sao galegos (espanhois). Sao exatamente as mesmas piadas, so o sotaque que muda. É muito engracado. E uns amigos peruanos e bolivianos tb contavam as piadas com personagens espanhois. Ate pensei que era coisa de colonizador e colonizado.
Mas percebi que nao, pq quando eu vivia no Japao, tinha uma amiga australiana que me contava as mesmas piadas, so que agora tirando sarro dos neozelandezes.
Agora, sabe aquelas piadas sobre as loiras? Essas sao iguais em qq lugar do mundo. Bom, em qq lugar eu nao sei. Talvez na Bavaria ou nos paises nordicos a versao pode mudar pra ruiva ou morena.
Mas o mais incrivel, é que em todos os paises latinos, as piadas sobre ARGH!entino é sempre igual! Hahaha! Ninguem aguenta o ego inflado dos porteños! Nem eles mesmo. Pq a Romina, uma amiga argentina, me contava as mesmas piadas, so que em vez de dizer “Un argentino.....”, ela dizia “um porteño....” . Dai eu falei: “ué? Vc tb nao é porteña?” “NAAAAAO! Porteño é quem nasce em Buenos Aires! Eu sou de provincia!”. Algo assim como chamar paulista de carioca.
Alias, isso aconteceu direto durante a Copa de 2006. Aqui no México, eles acham que carioca é sinonimo de brasileiro: “... o time carioca joga hj.... o atleta carioca esta bem condicionado... as cariocas sao as mais bonitas...!” BLÉÉÉÉÉ!
Sou brasileira mas nao sou carioca, MEU! Falo farol, ponta-cabeca e ORRA!
Voltando ao tema piada, pq se diz piada? Alguem pia? Piu, piu, piu? Ou será que antigamente, se a anedota nao era boa, o interlocutor podia por a cabeca do locutor na pia e jogar agua? Ou simplemente jogar uma pia na cabeca dele? Ou sera que era coisa de uma mocoila chama Maria Pia gostava de contar anedotas? Sei la... acho que ja viajei muito, melhor parar.
Pra terminar, uma piada infame que escutei na radio ontem. “sabe o que disse o cachorro qdo seu dono comprou uma casinha nova pra ele que custou $ 1,000.00?”
“UAU!”
quarta-feira, março 21, 2007
A MORTE DE UMA LINGUA
Uma grande diferenca do Mexico para Brasil eh a presenca indigena na sociedade. Nao sei se o fato de eu sempre ter vivido em Sao Paulo, fez com que acostumasse a ver caucasianos, negros, mulatos, asiaticos, arabes, mas nunca um indio. Podmos dizer que é raro encontrar com um indio, ou alguem com tracos indigenas no meio da Av. Paulista.
No Mexico, porem, acontece o contrario, onde ver um japones andando na rua eh motivo de curiosidade da populacao. Acredito que facil facil, uns 70% da populacao tem sangue indigena correndo nas veias.
Por isso mesmo, o idioma indigena ainda eh muito utilizado aqui. Hoje vi na TV que no total sao 175 linguas indigenas utilizadas, das quais 20 estao em perigo de extincao. Um dos casos mais graves, talvez seja o idioma Zoque de Ayapa que hoje eh falado so por 2 pessoas, dois homens de 65 e 72 anos. Num planeta de mais de 6 bilhoes de habitantes, so estas 2 pessoas sabem esse idioma. Anos atras, pesquisadores dos EUA chegaram a esse povoado no Estado de Tabasco para conseguir registrar o maximo possivel de um idioma que esta prestes a desaparacer. Realmente, uma situacao muito triste, pois quando se perde o idioma, se perde muito das tradicoes, culturas e caracteristicas de um povo. A mexicanizacao (numa alusao a globalizacao ocorrida em menor escala, no caso, no Mexico) fez com que chegasse a todos os povos saneamento, saude, educacao, progresso e melhor qualidade de vida para essa gente, mas tb, fez com que tudo se generalizasse e essas pequenas diferencas desaparecessem.
Como uchinanchu (descendente da ilha de Okinawa, no Japao), vejo a preocupacao de muitas pessoas que o dialeto da ilha se perca para sempre. Em realidade, muito ja se perdeu, pois com a unificacao do reino de Ryukyus e a adocao do dialeto de Shuri como o oficial, muito das caracteristicas dos dialetos dos povoados mais remotos foi se perdendo. E durante a guerra qdo o seu uso foi proibido, o seu uso se restringiu aos mais idosos. Pode acontecer o que esta acontecendo com os Zoque de Ayapa. Uma situacao muito triste.