A Japanese Brazilian in Mexico

Comentarios da vida de uma brasileira niponica vivendo no Mexico! Quantas diferencas e similaridades entre estas culturas.....

quarta-feira, agosto 30, 2006


CEDER OU NAO CEDER, EIS A QUESTAO.

Eu escrevi no blog passado sobre os super civicos que combatiam aqueles que nao respeitavam o assento reservado para gestantes, idosos, deficientes e maes com bebes.
Mas ontem eu me vi em uma situacao dificil. Sempre procuro evitar sentar nestas assentos, mas como um metro em hora do rush, a gente nao tem muita opcao. E de repente, entra uma senhora com um casaco bem folgado e um abdomen relativamente avantajado. Entao a duvida: sera que cedo meu lugar pra ela? Estará gravida? E se nao estiver e eu ceder o lugar, sera que ela vai ficar ofendida? Mas se estiver e eu nao ceder, ela vai ficar ofendida do mesmo jeito.... Acho que todo mundo ja passou por uma situacao parecida, ne.
Mas tb, eu ja vi os dois lados da moeda. Fui convocada varias vezes pra trabalhar como mesario nas eleicoes no Brasil. E ao contrario do que muita gente pensa, eu gostava disso. Isso me fazia sentir bem, exercendo meu compromisso social e civico. Bom, mas essa é outro tema pra blog.
O que eu queria dizer, é que na fila pra votar, sempre tinha laguem pra "emprestar" um bebe pra passar na fila. Entao, ia mae, pai, tia, tio, os avos e ate uns vizinhos e amigos com UM bebe. Dai primeiro a mae carregava o bebe e passava na frente pra votar. Depois, ela passava o bebe pro pai, que passava pra tia, tio, avos, vizinhos e amigos. Tudo isso, so pra passar na frente da fila. Mas era ridiculo, pq o tempo que eles perdiam esperando o bebe pra "furar a fila" era o mesmo (ou menos ate) que se eles chegassem e entrassem na fila todos ao mesmo tempo. Mas brasileiro, sempre tem essa de se sentir "esperto", ne.... o duro é que tem gente que é espertamente burro....mas isso tb é tema pra outro blog.
Bom, com relacao ao metro de ontem, eu nao cedi o lugar. Antes que eu me decidisse entre ceder ou nao, a mulher desceu do vagao. Se todos os nossos problemas se resolvessem com seu simples desaparacimento, seria tao facil viver... e andar de metro.