A Japanese Brazilian in Mexico

Comentarios da vida de uma brasileira niponica vivendo no Mexico! Quantas diferencas e similaridades entre estas culturas.....

segunda-feira, agosto 14, 2006

¡AGUAS!
Aqui no México eles usam a expressao "¡Aguas!" como "Cuidado!". Entao é "Aguas com esse buraco!" "Aguas com o carro!" "Aguas! Esse copo vai cair" e por ai vai.
E hj eu entendi o porque.
Nosso escritorio fica no 1o piso do predio e a gente tem uma area de servico que foi adaptada pra servir de cozinha. E como tem um andar em cima, eles colocaram um teto de plastico pra ter um poco mais de privacidade. Mas como é um cubo de luz, nao cobriram todo o teto, deixando um pedaco descoberto que tem uma escadinha que da na laje. Ou seja, esse tetinho de mentira divide o cubo de luz entre o 1o e 2o pisos.
Dai eu chego de manha e ta todo respingado e concluimos que talvez por causa das fortes chuvas do fim de semana, tenha entrado um pouco de agua. Dai a tia limpa e estamos todos trabalhando felizes e contentes qdo escutamos o barulho de agua caindo no teto e dentro da nossa cozinha. "pronto, quebrou um cano ou despencou uma calha" pensei.
Mas entrando na cozinha pra ver o estrago, a agua que tava escorrendo tinha espuma de sabao e cheirava a desinfetante. Averiguando, descobrimos que contrataram uma tia nova da limpeza no andar de cima e ela, depois de passar o pano no escritorio, pegou o balde com desinfetante e tudo e CHUUAAAAAA pela janela do banheiro deles, inundando nossa cozinha! sorte que nao tinha ninguem la e o microondas tava desconectado, senao ia ser o maior estrago.
Ah! Voltando a expressao "Aguas". isso surgiu durante o periodo colonial do Mexico, qdo nao existia saneamento basico, as pessoas costumavam jogar os dejetos da casa pela janela ou na rua mesmo e pra avisar o povo pra ter cuidado, gritavam "Aguas", ou cuidado que vem agua (suja, claro)
A tia aqui do meu escritorio é hilaria com seus pensamentos, mas pelo menos nao é colonial como a tia do escritorio de cima. Nossa, sera que o povo ainda nao se ligou que estamos no seculo XXI?