A Japanese Brazilian in Mexico

Comentarios da vida de uma brasileira niponica vivendo no Mexico! Quantas diferencas e similaridades entre estas culturas.....

segunda-feira, outubro 16, 2006

TER NOME ESTRANGEIRO IMPLICA EM....
Que vc tenha seu nome dito de 15 maneiras diferentes, no minimo...
Isso acontece com qq estrangeiro ou seus descendentes em um pais diferente. Meu nome é um tipo caso destes: Tchitose. Qdo foram me registrar, por experiencias de outros registros mal sucedidos na familia, meu pai levou o nome escolhido escrito num papel pro escrivao nao ter chance de errar. Dai a duvida: escrever Chitose (pelo sistema Hepburn) ou Titose, ou Titosse, ou Titoce (pra ficar mais facil pros brasileiros pronunciarem). Na duvida entre T ou Ch, ficaram com os dois, por isso TCHITOSE. ja me perguntaram pq eu nao uso a forma japonesa e tiro o T da frente, pq na verdade, ele so complica. Mas mesmo estando incorreta, essa foi a forma que meus pais escolheram pra escrever meu nome e nao tenho como (e nem quero) modifica-la.
Mas tem uns exemplos na familia e amigos, que foram puros erros do escrivao. Nobor (Noboru), Shitomo (Tsutomu), Miioco (parece minhoco, mas era pra ser Miyoko), Catuco (ai... era pra ser katsuko), Chulley (Chuei), Yazco (Yasuko. Vcs reconheceram?), Queidi (keiji) e por ai vai...
Meu pai é Yoshiyuki e a vizinha escuta a minha mae chamando-o de Yoshiyuki san e ela entra no embalo: Seu Shukisan! E uma freguesa que sempre tocava a campainha, a gente atendia e gritava: "Kaachan (mamae em japones), a Dona maria!" E depois de um tempo, a Dona Maria dizia: "A dona Katia (kaachan) ta ai?"
Alem disso, tem os nomes que mesmo sem ter erros de grafia, em portugues soam estranhos mesmo: Kaneta, Kaneko, Shouko Nakama, Kudeken, Sakuda, Okuda (na agenda telefonica da minha amiga, estava escrito Okuda (tia), Okuda (mae), Okuda (vila mariana), hehehe), Michida (muito "inxirida"), Hyakuna (que depois do rei leao, virou "hyakuna matata"), Nobuhiko (no burrico? ióóóó. ióóó!), Kimiko (que mico!)....
Mas o contrario tb aconteceu. Minha mae com mais de 40 anos no Brasil, ainda nao consegue pronuciar direito os nomes dos meus primos Gina e Gilson. Entao é Dina, Zina, Dzina, Dininha.... e com o Gilson é pior ainda: Dirusson, Dyusson, Dyussinho... Rodrigo pra ela é impronunciavel: o vizinho era Rodoguiru.
E os nisseis e sanseis que nao sabem os significados e acabam escolhendo os nomes dos filhos so pelo som. Dai acontece umas coisas engracadas. A sobrinha do meu marido se chama Hatsumi (bonita primogenita), mas ela é a segunda filha. Minha amiga é Sue (cacula), mas ela é a primeira filha. Ja vi Hajime (primogenito) tendo 3 irmaos mais velhos. E aqueles que colocam 2 nomes em nihongo, mais os dois sobrenomes, como a prima do meu esposo: Akari Nozomi Reyes Nakamura. Exagero, ne....
Nome japones já é dificil, mas tem pai que ainda consegue piorar a situacao. Já vi registrarem Thiemy e Yuddy. Escrito assim nem parece japones.
Qdo eu morava no Japao, muitos estrangeiros nao conseguiam guardar ou pronunciar Tchitose, entao eu me apresentava como Meire. Mas sempre tinha alguem que nao entendia, perguntava se era igual ao aviso de socorro mayday(!!!!????!!!!!). Dai eu falava que podia me chamar de Mary mesmo...
Pra por nomes, tem que tomar extremo cuidado e ser coerentes, pq pode causar traumas irreversiveis.

PS: so pra vcs terem ideia de como eu ja sofri com meu nome, ja me chamaram ate de Tostines..... ai.... mas mesmo assim, eu adoro meu nome e nao troco por nenhum outro!

1 Comments:

Blogger Kzoo said...

Pode crer, que realmente é assim!!!
Na Austrália, eram poucos q conseguiam falar meu nome Kazuo. Tanto é q tive q adotar um nick, Kaz (q se fala kés). Achava ridicula, mas funcionava!!!

7:34 AM  

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