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A Japanese Brazilian in Mexico
Comentarios da vida de uma brasileira niponica vivendo no Mexico! Quantas diferencas e similaridades entre estas culturas.....
sexta-feira, novembro 30, 2007
Marcadores: arabia saudita, china, discriminacao, indignacao, mulher
quinta-feira, novembro 22, 2007
COMER, COMER, É O MELHOR PARA PODER CRESCER
Sempre escutei que em Cuba o povo sofria muito com a falta de comida. Realmente, nao existe variedade, mas sempre houve quantidade (nao pq eu era turista comendo em restaurantes. Assim foi tambem nas casas em que almocei ou jantei). Um prato sempre presente era frango a la cubana. Era frango caipira!!!! Que delicia! Acompanhado de arroz branco com feijao preto (igual do Brasil) ou com arroz branco cozido junto com o feijao preto, chamado arroz congris ou cristianos e mouros. E tambem vinha com saladinha de alface e tomate temperados com sal e azeite! Ah, quase esquecia da banana frita! E pra terminar a refeicao, um cafezinho preto, forte, na xicara pequenininha com muito acucar! Ai, gente! Me senti em casa! Parecia almoco de domingo.E em outra refeicao, serviram "trapo viejo", tinha um tipo de carne louca. Tambem comi quiabo cozido com sal e azeite! E uma bistequinha temperadinha com alho huuuuummmmmmmmm!!!!!! O tempero realmente era muito parecido ao brasileiro e eu fiquei com um gostinho de saudade na boca.
E o dia que nao deu tempo de tomar cafe, sai pra comprar uma bolacha e adivinha o que eu achei? Gulosos da Bauducco! Eiiiiiiiita! Se eu encontrasse guarana e pao de queijo, eu nao sairia mais da ilha!
Olha so outra similaridade: em Cuba tambem se diz que o melhor remedio pra curar ressaca eh tomar cafe preto, forte e sem acucar!
sexta-feira, novembro 16, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
Em Cuba tive a sorte de encontrar muitas pessoas realmente boas. Comecando com Lenix, Silvia e Mari Tere do nosso escritorio de Havana. Gente muito boa que se esforca muito pra receber as pessoas com toda a atencao e carinho. Infelizmente nao tirei uma foto com elas. Bom, vai ter que ser na proxima.
Ja na Ilha da Juventude, estivemos todo o dia com Julio Iha (foto ao lado, com sua filha Evelyn na represa Vietnan), um dos organizadores do Evento do Centenario, supervisando os locais do evento, procurando provedores, organizando o programa. Comemos um frango (igualzinho ao nosso caipira) com um arroz com feijao que quase chorei de tao gosotoso que tava. Alias, a comida cubana vai ser outro post, pq valeu a pena. Foi muito legal conversar com ele, porque nos deu uma boa ideia de como é viver em Cuba.
sexta-feira, novembro 02, 2007
Entre os dias 25, 26 e 27 de outubro, a Ilha da Juventude em Cuba se encheu de alegria ao som do sanshin e de vozes animadas vindas de varias partes do mundo. Nestes dias foram escolhidos para a realização das comemorações do Centenário da Imigração de Okinawa em Cuba.
O primeiro okinawano que chegou a ilha de Cuba foi Masaru Miyagi, de Shioya, Ogimi son, depois de passar uma temporada no México. Hoje, os descendentes de Okinawa somam 215 pessoas espalhadas por todo o país, com membros de até 6ª geração.
Os descendentes de Okinawa em Cuba começaram a se interessar por suas origens no ano de 1998, durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa em Cuba. Nesta ocasião, uma comitiva de Okinawa veio para as celebrações, perguntando sobre os uchinanchus da ilha. Foi então que os descendentes se deram contam das suas origens e começaram um projeto de retomada da cultura de Okinawa. Com a participação de cubanos nos últimos 2 eventos do Sekai no Uchinanchu Taikai e Junior Study Tour, pouco a pouco, os descendentes de Okinawa em Cuba começaram a sentir-se Cubanchus (nome assumido pelos uchinanchus de Cuba). Atualmente, o Kenjinkai ainda não é considerado um órgão oficial e realiza suas atividades dentro da Associação Japonesa em Cuba, já que o governo cubano não autoriza as atividades de duas associações com finalidades similares.
As festividades começaram com as boas vindas dos cubanos as delegações estrangeiras no aeroporto internacional de Havana. O Presidente do Kenjinkai, Sr. Antonio Yohena ofereceu um coquetel de boas vindas em sua casa em Havana, onde todos puderam pela primeira vez conversar com uchinanchus de várias localidades.
Com um vôo fretado, todos chegaram a Ilha da Juventude na tarde do dia 25, onde depois de deixarem suas malas no hotel, partiram para o Cine Teatro da Cidade de Nova Gerona para a Cerimônia de Abertura. Ao ritmo de música caribenha, as 20:00 teve início a Cerimônia, com as palavras de abertura do Presidente da Associação Japonesa Sr. Noboru Miyasawa, seguidas das palavras do Presidente do Kenjinkai Sr. Antonio Yohena, do governador da Ilha da Juventude, de cada representante das delegações internacionais (Sr. Luis Kanashiro, do Centro Cultural Okinawa do Brasil, por parte do nosso país) e das palavras do governo de Okinawa, Sr. Hirokazu Nakaima. Nesta ocasião, foi realizada a entrega das doações, tanto em espécie como em dinheiro para a comunidade okinawana de Cuba por parte dos convidados internacionais. Com a apresentação de bailes típicos, coral e musica regional se deu por encerrada as atividades deste dia.
Na manha do dia 26, as atividades começaram com a visita ao mausoléu da comunidade Nikkei da Ilha, onde estão depositados os restos de muitos uchinanchus que morreram ai. Depois, todos se dirigiram ao Museu Municipal onde puderam apreciar uma pequena sala com exibição de pertences dos primeiros imigrantes. A exposição é muito pequena e simples, mas todos os objetos expostos transmitem com delicadeza e emoção parte da história destes imigrantes. Após um breve descanso, todos partiram em ônibus a uma visita ao Presídio Modelo, onde todos os japoneses maiores de 18 anos (e alguns nisseis também) estiveram presos durante três anos, enquanto durou a Segunda Guerra Mundial, para evitar qualquer tipo de espionagem ou complo contra Cuba ou aos paises aliados. Atualmente, o Presídio está desativado, funcionando como centro de convivência para a comunidade, principalmente jovens e crianças. Mesmo assim, cada visitante pode sentir as adversidades da época e as dificuldades que passaram os imigrantes que foram presos e de suas famílias que ficaram desamparadas do lado de fora. A chuva que ameaçava cair toda a manhã, desabou com toda força, mas afortunadamente, todos já estavam dentro dos ônibus para dirigirem-se ao almoço de confraternização no Centro Recreativo Vietnam. Neste local, todos desfrutaram de um delicioso porco assado e comida típica cubana, com apresentações de Eisá executados pelos jovens da Ilha, sanshin por convidados de Okinawa, demonstração de aikido e kachashii para finalizar. De noite, uma parte das pessoas foram a Festa de Boas Vindas por parte do Sr. Takamatsu, Embaixador Japonês em Cuba, e outra parte se dirigiu a Recepção organizadas pelos cubanos no Centro Casa da Ásia, com muita música cubana ao vivo.
O último dia amanheceu nublado, refrescando um pouco a temperatura que normalmente passa dos 30 graus nessa época do ano. Todas as atividades tiveram como palco o Cine Teatro da Cidade, começando com um Workshop onde representantes de Cuba, Brasil, México e EUA relataram suas atividades para preservar a cultura e tradiçõoes de Okinawa em seus respectivos países. A parte da tarde foi reservada para as atividades musicais, com a apresentação de Trio de Koto, piano y flauta e a performance do jovem cantor okinawano Toru Yonaha, que tocou várias músicas acompanhados de sanshin. A noite começou com as palavras do Sr. Takamatsu, Embaixador do Japão em Cuba e depois a leitura da carta de felicitaçõees do governo de Okinawa. Na seqüência tiveram demostração de karate por parte de Sr. Masayuki Oshiro de Okinawa, Shishimai acompanhado por sanshin executado pelo Prof. Akira Iha e sua aluna cubana Narryman, baile da canção Asatoya Yunta, Eisá com os jovens cubanos (usando pela primeria vez uniforme que foi doado pela delegação dos EUA) e finalizando com um pequeno show com o grupo okinawano de música caribenha Kachimba 1551 com a participação especial de Toru Yonaha. Como não poderia faltar, todos dançaram animadamente o kachashii, despedindo-se com muita emoção deste grande evento para a comunidade okinawana internacional, com a promessa de um reencontro no Centenário da Imigração Okinawana no Brasil e Argentina no próximo ano.